Corta o ar a gota frenética a inundar o solo,
Não uma gota ímpar
Incontáveis e determinadas gotas
Desejam enxarcar o mundo
Violentando a terra
Vingando-se imperiosas.
Caiu chuva?
Não. Dilúvio.
E matou gente.
Traiu quem a negava
Humilhou quem a repudiava
E trouxe calamidade a milhões.
Vingança de Deus?
É Deus bradando no céu como tenebroso trovão?
Não.
É vingança mesmo do tempo
É auto-vingaça do homem
Que tem mãos de destruição!
Nenhuma gota ficou no céu.
Nenhum grão no chão.
Nem pétalas, nem casas.
É o flagelo do homem
Abrindo o ano com gotas grossas furando-lhe a retina.
E emudecendo muitos corações.
Mas não enxerga. É burro.
Estupidez! Só vê quando a chuva já foi
Que tem solidariedade e recomeço.
Ignora o recado de Deus:
Não destrua o planeta!
em 02/01/2009
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
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