Cyntia Pinheiro
E o casamento pede socorro. Sim, mídia, assim você o mata. Hoje, antigos valores são tratados como se banalidades fossem. Diariamente a imprensa trata do casamento, mas trata de forma muito negativa, como se fosse algo ruim, prejudicial às necessidades - animalescas - da raça humana.
Ontem, 11 de fevereiro de 2012, a imprensa noticiou em tom quase festivo o divórcio do cantor Michel Teló, cuja música(?) de apenas quatro acordes "Ai se eu te pego", teria sido uma das razões para o fim do casamento com a dentista "Ana Carolina". É o preço da fama e do sucesso.
Um importante jornal do horário nobre disparou mais ou menos assim: confirmado o fim do casamento do músico Michel Teló que agora é considerado o mais novo "bom partido" do mundo das celebridades.
Sinto que tal informação soa quase como um convite para as fãs do cantor, como quem diz: Vamos, garotas, comecem a formar a fila, porque o rei do "ai se eu te pego" está pronto para "pegar geral". E então, reforça-se a banalização do matrimônio, como se quem se separasse não tivesse sentimentos, como se um divórcio - por ser consensual - não fosse sofrido, como se o casamento não fosse nada além de um contrato que pode ser rasgado e cada um vai viver como bem entende, adquirindo uma instantânea amnésia em que o outro já não representa mais nada.
Não conheço o casal em questão, e confesso que para escrever esse texto tive que pesquisar sobre esse cantor, o Michel Teló. Involuntariamente já ouvi trechos da sua música (?) que pelo jeito faz um sucesso estrondoso no Brasil e no mundo, não sei quase nada sobre ele, mas imagino que qualquer pessoa, sendo gente de carne e osso, possui sentimentos e duvido que o referido casal seja desprovido deles.
É lamentável que o preço do sucesso seja tão alto, o submundo (com o perdão da palavra) das celebridades está recheado de histórias semelhantes, a mídia pinta com cores vivas o divórcio de alguém como sendo carta de alforria, casam-se dúzias de vezes e separam-se na mesma proporção, filhos são trazidos ao mundo de forma irresponsável, um dia com um marido, no outro com outro e poucos meses depois já é um terceiro... e assim vai... a coisa vai perdendo o sentido.
Casamento duradouro é para poucos, recentemente tivemos a felicidade de apreciar a história de amor do casal centenário Sr. Izalino e D. Elvira Miranda, lá da minha terra, meus vizinhos de frente, que fizeram as - consideradas raríssimas - bodas de carvalho! Oitenta anos de vida conjugal, família unida, exemplo de dignidade e de felicidade para todo o Brasil, exibido no fantástico no dia 15 de janeiro de 2012, disso sim me orgulho.
Puxa vida! Ninguém é obrigado a estar casado se está infeliz, mas também não é porque o "cara" se separou que está "pronto pra outra", na minha terra costumamos dizer: espera pelo menos o defunto esfriar...
Deixe a vida acontecer, deixe o barco correr, deixe os sentimentos se abrandarem, porque o rio segue seu curso, assim como os corações seguem seus destinos.
E viva o casamento! Sempre!
P.S.: Ontem também completamos oito anos de casados, e sim, estamos muito felizes juntos! Com a graça de Deus!
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
CONCORDO EM GÊNERO E NÚMERO.
ResponderExcluirPARABENS PELO ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO!
SEJAM EXEMPLO VIVO PARA ESSES QUE GOSTAM DE PEGAR. "AI SE EU TE PEGO!" CRUZES!!!!!!!!111
VC TEM 8 ANOS E EU 18. CASAMENTO NÃO SÃO FORCA E SE ESCOLHEMOS ESSE CAMINHO A TRILHAR QUE SEJA ETERNO!!!
ResponderExcluir