Só preciso de um tempo, remendado, pra saber que nem remendo conserta o que já foi.
Só preciso de um silêncio, gritado, pra saber que nem um grito desperta em mim o que morreu.
Só preciso de um abraço, afastado, pra saber que não se afasta o que já foi se não se foi do pensamento.
Só preciso de você, ignorado, pra saber que não se ignora o que ainda pulsa em meu querer.
Só preciso de uma chance, desperdiçada, pra saber que o desperdício é perdição de não lhe ter.
Só preciso de você, embriagado, pra saber que a embriaguez não se refaz como um passado que não volta outra vez.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
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