Minhas mãos querem tanto o teu rosto, quanto as mãos do cego querem enxergar,
Meu coração deseja tanto os teus olhos, que de tanta dor já deseja parar,
Meu ventre quer tanto o teu corpo, que os meus poros te querem sugar,
Minhas pernas desejam tanto as tuas, que meu balé só aprendeu a laçar,
Meu sonho quer tanto o teu sono, que já não sei onde te procurar
Meu amor quer tanto teu soluço, que de te amar já não sabe perdoar
Minhas vidas desejam tantos reencontros, que já não sei te perder ou ganhar.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Do que preciso
Só preciso de um tempo, remendado, pra saber que nem remendo conserta o que já foi.
Só preciso de um silêncio, gritado, pra saber que nem um grito desperta em mim o que morreu.
Só preciso de um abraço, afastado, pra saber que não se afasta o que já foi se não se foi do pensamento.
Só preciso de você, ignorado, pra saber que não se ignora o que ainda pulsa em meu querer.
Só preciso de uma chance, desperdiçada, pra saber que o desperdício é perdição de não lhe ter.
Só preciso de você, embriagado, pra saber que a embriaguez não se refaz como um passado que não volta outra vez.
Só preciso de um silêncio, gritado, pra saber que nem um grito desperta em mim o que morreu.
Só preciso de um abraço, afastado, pra saber que não se afasta o que já foi se não se foi do pensamento.
Só preciso de você, ignorado, pra saber que não se ignora o que ainda pulsa em meu querer.
Só preciso de uma chance, desperdiçada, pra saber que o desperdício é perdição de não lhe ter.
Só preciso de você, embriagado, pra saber que a embriaguez não se refaz como um passado que não volta outra vez.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Despedida
Esse teu amor me é saudoso,
Brilha tanto que já não o vejo,
Grita tanto que já não o ouço,
Pulsa tanto que já morreu.
Esse teu amor cortou-me a carne
Tão rejeitado foi-se com meu pranto
De um coração outrora abandonado
Foi-se levando-me e foi-se ficando.
E o meu coração é túmulo encerrado
Com teu pedaço ainda vivendo
No respiro de desesperado querer
Que de não querer, vai se perdendo!
Brilha tanto que já não o vejo,
Grita tanto que já não o ouço,
Pulsa tanto que já morreu.
Esse teu amor cortou-me a carne
Tão rejeitado foi-se com meu pranto
De um coração outrora abandonado
Foi-se levando-me e foi-se ficando.
E o meu coração é túmulo encerrado
Com teu pedaço ainda vivendo
No respiro de desesperado querer
Que de não querer, vai se perdendo!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
O balé de Tereza
O balé de Tereza sempre foi opção de sossego para nossos pais. Lá os mais capetinhas se esticavam em passos tortos e imprecisos, tirando dança de onde não havia talento, pelo menos não na maioria.
Poucas pessoas sobressaíam, o palco era todo Vanilza, Cléia, Aline, Gislane, Milena... Somente elas, BAILARINAS! Nós outros não, apenas meninos-capeta que precisavam gastar energia.
E a guerreira Tereza, com voz de trovão, domava todos os diabinhos que por ali surgiam, com propriedade e força, carinho e determinação.
Até acertávamos o passo, o desengonçado passo decorado, seguindo a contagem de um a oito. E Tereza com maestria ensinava, criava, gritava conosco, voz inequívoca, inesquecível disciplinadora e mestra.
Hoje o balé de Tereza tem pernas bambas, depois da doença degenerativa que leva-lhe embora os comandos. Hoje seus pés são trôpegos e trêmulas as mãos. Mas nós, somos meninos melhores, que pisamos firme, pés de retidão, porque a voz de trovão soa forte até hoje, disciplinadora, respeitável e saudosa de Tereza. Não sai nunca do coração!
Cyntia Pinheiro
Poucas pessoas sobressaíam, o palco era todo Vanilza, Cléia, Aline, Gislane, Milena... Somente elas, BAILARINAS! Nós outros não, apenas meninos-capeta que precisavam gastar energia.
E a guerreira Tereza, com voz de trovão, domava todos os diabinhos que por ali surgiam, com propriedade e força, carinho e determinação.
Até acertávamos o passo, o desengonçado passo decorado, seguindo a contagem de um a oito. E Tereza com maestria ensinava, criava, gritava conosco, voz inequívoca, inesquecível disciplinadora e mestra.
Hoje o balé de Tereza tem pernas bambas, depois da doença degenerativa que leva-lhe embora os comandos. Hoje seus pés são trôpegos e trêmulas as mãos. Mas nós, somos meninos melhores, que pisamos firme, pés de retidão, porque a voz de trovão soa forte até hoje, disciplinadora, respeitável e saudosa de Tereza. Não sai nunca do coração!
Cyntia Pinheiro
domingo, 10 de maio de 2009
Frases em uma noite de insônia
Dormir nem sempre é preciso, mas é sempre necessário!
------------------------------------
Nem só de sexo vive a poesia, ela também vive da insônia.
------------------------------------
Esse silêncio é a mágica da noite que o meu dia não tem.
------------------------------------
Fui feita para a noite, que pena que o dia também!
------------------------------------
Hoje Deus esteve comigo, palpável! Obrigada.
------------------------------------
Hoje eu invejei seu ronco!
------------------------------------
Se até as ideias me abandonarem, protestarei com Deus a minha falta de sono.
Cyntia Pinheiro, um dia de abril/2009
------------------------------------
Nem só de sexo vive a poesia, ela também vive da insônia.
------------------------------------
Esse silêncio é a mágica da noite que o meu dia não tem.
------------------------------------
Fui feita para a noite, que pena que o dia também!
------------------------------------
Hoje Deus esteve comigo, palpável! Obrigada.
------------------------------------
Hoje eu invejei seu ronco!
------------------------------------
Se até as ideias me abandonarem, protestarei com Deus a minha falta de sono.
Cyntia Pinheiro, um dia de abril/2009
Lembrança com sabor de romã
- Sobe no pé de romã menina, tira romã que é pra avó fazer gargarejo.
- E a prima porque não sobe?
- Ela sobe e cai.
- E eu, não caio não?
- E a prima porque não sobe?
- Ela sobe e cai.
- E eu, não caio não?
Assinar:
Postagens (Atom)