Cyntia Pinheiro
(Para os pequenos)
Era uma vez uma baratinha tonta
Que vivia a perambular
Pelas delícias da cozinha
Toda noite, sem parar.
Espertinha não saía de dia
Pois sabia que seria descoberta
Tinha medo era da chinelada
Que levaria no casco, na certa.
Gostava de lamber os quindins
E os restinhos de açúcar do chão
Fechava sempre os olhinhos
E lambia os beiços quando tinha pão.
Ah! Bom mesmo era achar comida
Frango, arroz e macarronada
Comia até não poder mais
E até dormia com a barriga inchada.
Só que barata é bicho atrevido
Que os humanos não gostam de ver
Exterminam sem piedade
Ainda mais se ela cai no purê.
E assim se acabava a barata
Ficou presa e não pôde sair
Enganchada naquela papa
E ali é lugar de cair?
A mamãe gritou de raiva
"Jogar tanta comida no lixo
Desperdício insuportável,
Mas ninguém vai comer com esse bicho!"
O papai deu muita risada
"Bem feito barata tonta
Quem mandou cair na panela?
Nem pra lamber só a tampa."
Eu fiquei quieto em meu canto
Pois descobri um segredinho, enfim
Enquanto o purê ia pro lixo
A baratinha piscava pra mim.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Dona Jacaré
Cyntia Pinheiro
Dona Jacaré
Vaidosa que ela só
Saiu pra comprar cosméticos
Batom, rímel e pó
A vendedora Tartaruga
Quase lhe convencia
"Esse creme hidratante
Deixa a pele bem macia"
Dona Jacaré não é boba
Sabe do couro bom que tem
"Passar creme pra quê?
Ser cascuda me cai bem"
"Ah! Dona Tartaruga
Beleza boa é natural
Com um retoque leve e suave
Vou ficar sensacional"
Dona Tartaruga experiente
Tirou do casco uma novidade
"Veio de Paris esse perfume
E está com preço de oportunidade"
Dona Jacaré, por sua vez
Já comprara o que queria
Mas o perfume era agradável
Por um trocado o levaria
Chegou em casa toda contente
De pó, rímel, perfume e batom
Seu Jacaré foi logo notando:
"Hum! Mas que cheirinho bom!"
Sorrindo de orelha a orelha
Dona Jacaré se aproximou
Para fazer um carinho
No Jacaré que exclamou:
"Ué! Que pele seca!
Podia ao menos incrementar
Nessa loja não vendia creme
Para a pele amaciar?"
Ah! Dona Jacaré ficou chateada
Pois caprichara do visual
Não imaginava que o marido
Reclamaria ao final.
Mas decidiu não se importar:
"Homem nunca está satisfeito"
E não comprou creme nenhum
"Sou bonita de qualquer jeito!"
Dona Jacaré
Vaidosa que ela só
Saiu pra comprar cosméticos
Batom, rímel e pó
A vendedora Tartaruga
Quase lhe convencia
"Esse creme hidratante
Deixa a pele bem macia"
Dona Jacaré não é boba
Sabe do couro bom que tem
"Passar creme pra quê?
Ser cascuda me cai bem"
"Ah! Dona Tartaruga
Beleza boa é natural
Com um retoque leve e suave
Vou ficar sensacional"
Dona Tartaruga experiente
Tirou do casco uma novidade
"Veio de Paris esse perfume
E está com preço de oportunidade"
Dona Jacaré, por sua vez
Já comprara o que queria
Mas o perfume era agradável
Por um trocado o levaria
Chegou em casa toda contente
De pó, rímel, perfume e batom
Seu Jacaré foi logo notando:
"Hum! Mas que cheirinho bom!"
Sorrindo de orelha a orelha
Dona Jacaré se aproximou
Para fazer um carinho
No Jacaré que exclamou:
"Ué! Que pele seca!
Podia ao menos incrementar
Nessa loja não vendia creme
Para a pele amaciar?"
Ah! Dona Jacaré ficou chateada
Pois caprichara do visual
Não imaginava que o marido
Reclamaria ao final.
Mas decidiu não se importar:
"Homem nunca está satisfeito"
E não comprou creme nenhum
"Sou bonita de qualquer jeito!"
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