Cyntia Pinheiro
O acaso me levou a dois lugares diferentes hoje e a duas histórias dramáticas que me feriram a alma. Graças a Deus ambas com final feliz, se isso é possível.
Numa delas conheci uma mãe que passou pelo sofrimento de ver o filhinho de um 1 ter o corpo todo queimado, acompanhou o sofrimento dele no hospital, chorou lágrimas de sangue pela dor do rebentinho que hoje tem 10 anos de vida e muitas cicatrizes pelo corpo. Milagrosamente reagiu a uma infecção hospitalar e teve alta com 21 dias do incidente que o machucou severamente, enquanto os médicos previam alta somente para daí 7 meses.
A outra história de dor, foi saber de uma mãe que viu seu filho inocente ser levado preso, aos 25 anos de idade acusado de homicídio, vítima de uma armação suja e perigosa. Soube de toda a luta pra provar sua inocência, todas as etapas de uma depressão que quase a levou à cegueira, total calvície e muitas outras doenças da alma que se refletiram no corpo por tamanha dor e sofrimento.
Toda mãe é uma santa! Mesmo que não o seja em tempo integral!
Uma vez ouvi uma frase e jamais me esqueci dela: "A parte do corpo que mais dói é o filho". E é mesmo.
Qual mãe, ao ver o filho doente, não pede a Deus para estar em seu lugar?
O amor de mãe só se compara ao amor de Deus por nós, é um amor quase insano, absurdo, incomensurável.
As histórias que ouvi, por acaso, como quando você acaba de conhecer alguém ávido por um ouvido atento e você se presta a dar um pouco de atenção, me levaram a refletir no quão efêmera é a vida.
A vida escoa pelas mãos e é urgente vivê-la bem. Amanhã, ou hoje talvez, não estejamos mais aqui ou alguém que amamos talvez se vá primeiro... Estamos prontos???? Quem de nós está pronto para perder um ente querido?
Eu, definitivamente, não estou. Se for para partir, eu parto sem maiores dramas, porque a minha espiritualidade está preparada para isso, mas perder um dos meus, nem posso imaginar!
Quando se é mãe, o direito de morrer morre de parto. Ou seja, a gente não quer nem mais morrer, a gente quer viver para cuidar, para amar sem medida, para educar os rebentos e nenhuma mãe jamais cogita continuar a viver sem a presença de um filho!
Essas duas histórias que ouvi, me rasgaram a alma! Porque sou mãe e fiquei sensibilizada com cada detalhe que me foi narrado, não queria estar na pele de nenhuma delas, não desejo que ninguém perca ou veja seus filhos sofrerem, porque eles são as preciosidades da vida! São os filhos que nos elevam à presença divina, pois eles são o nosso milagre.
Deus os guarde, filhos de minha alma! Pois vocês são meus maiores tesouros.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
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